O IBGE divulgou prévia de inflação para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) com alta de 0,93% em março, superando em 0,45% o índice registrado em fevereiro. A marca só foi superada em março de 2015, quando o índice registrou 1,24%. No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA-15 aponta alta de 5,52%. No trimestre de janeiro a março, também tivemos percentual elevado de 2,21% registrado pelo IPCA-E, maior taxa desde o mesmo trimestre de 2016, que acumulou 2,79%. Os números altíssimos refletem principalmente a alta nopreço dos combustíveis, elevados em 11,63%. O segundo maior impacto do IPCA-15 de março foi do grupo Habitação, com alta de 0,71% e contribuição de 0,11 p.p. no resultado do mês. Destaque para o gás de botijão, que aumentou 4,60% e adicionou 0,05 p.p na pesquisa. É o 10º mês consecutivo de alta. Gás encanado (2,52%) e taxa de água e esgoto (0,68%) aceleraram em relação a fevereiro, quando registraram 1,19% e 0,45%, respectivamente. No caso do gás encanado, reajustes em dois locais influenciaram o resultado: um de 3,50% no Rio de Janeiro (2,10%), vigente desde 1º de fevereiro, e dois em Curitiba (19,04%), sendo um de 8,07%, em vigor desde 1º de fevereiro, e um de 15,57%, a partir de 16 de fevereiro. Em água e esgoto, a pesquisa também captou reajustes em Fortaleza (5,77%), de 12,25%, a partir de 29 de janeiro; e em Curitiba (3,78%), de 5,11%, em vigor desde 5 de fevereiro. Ainda em Habitação, o item energia elétrica teve alta de 0,05%, frente à queda de 4,24% no IPCA-15 de fevereiro. Durante o período de coleta, vigorou a bandeira tarifária amarela, que adiciona R$ 1,343 na conta de luz a cada 100 quilowatts-hora consumidos. Houve ainda reajustes de 4,66% e de 4,50% em concessionárias no Rio de Janeiro (-0,57%), ambas em vigor desde 15 de março. O grupo de Alimentação e bebidas variou 0,12%, desacelerando em comparação com fevereiro (0,56%). Os alimentos para consumo no domicílio caíram 0,03% após sete meses consecutivos de alta, sobretudo por conta das quedas de tomate (-17,50%), a batata-inglesa (-16,20%), o leite longa vida (-4,50%) e o arroz (-1,65%). No lado das altas, as carnes aumentaram 1,72%. A alimentação fora do domicílio desacelerou em comparação com o mês anterior, registrando 0,49% em março frente 0,56% de fevereiro. O índice foi influenciado pelo lanche (0,64%) e pela refeição (0,33%), itens que, em fevereiro, aumentaram 1,20% e 0,37%, respectivamente. O único grupo em queda no IPCA-15 de março foi Educação, que caiu 0,51% após alta de 2,39% em fevereiro. Os demais grupos ficaram entre as altas de 0,02% em Comunicação e de 0,55% em Artigos de residência. Todas as regiões pesquisadas tiveram alta em março Todas as regiões pesquisadas no IPCA-15 apresentaram alta no mês. A maior foi na região metropolitana de Belém (1,49%), especialmente em função da gasolina (12,44%). A menor foi na região metropolitana do Rio de Janeiro (0,52%), influenciado pelas quedas do tomate (-21,73%) e da batata-inglesa (-16,91%). Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 12 de fevereiro a 15 de março de 2021 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 15 de janeiro a 11 de fevereiro de 2021 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica. |