Belo Horizonte, .
 
 
 

 


Inflação e crise

.: BANCO CENTRAL MANTÉM
OS JUROS ESCORCHANTES

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Em reunião nesta quarta-feira, 22 de março, o Conselho de Política Monetária (Copom) ignorou todas manifestações escandalizadas com a taxa de juros no Brasil e manteve a Selic em 13,75%.
Os juros no Brasil seguem como os maiores praticados em todo o planeta e levaram o ministro da Fazenda, Fernando Haddad manifestar como muito preocupante o comunicado do Copom depois de divulgado o “relatório bimestral da Lei de Responsabilidade Fiscal, mostrando que nossas projeções de janeiro estão se confirmando sobre as contas públicas”.
Para justificar a manutenção da taxa escandalosa de juros, o Copom alega que o ambiente externo piorou nas últimas semana, com deterioração adicional das expectativas de inflação, fazendo até ameaças de “retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado”.
Haddad criticou o tom “duro” do comunicado, lembrando que “a economia está retraindo, o Copom chega a sinalizar uma subida da taxa de juros. Lemos com muita atenção, mas achamos que o comunicado preocupa bastante”. Ressaltou que “nós podemos inclusive comprometer o resultado fiscal, porque daqui a pouco você vai ter problema das empresas para vender, recolher impostos. Nossa preocupação é essa”.
Com a elevada taxa de juros, continuam despencando os investimentos em atividades produtivas, diante do crescimento de impostos e de aplicações mais atrativas no mercado financeiro. A tendência de queda de produção aponta para escassez de produtos, com preços mais elevados e sacrifício maior para a população mais pobre, sobretudo na elevação de preços da cesta básica essencial. (Foto Marcelo Camargo - Agência Brasil)

 

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