Já em vigor, a tabela foi corrigida em apenas 4,5%, muito abaixo da inflação oficial, e vai comer com voracidade os salários. Só ficará isento de imposto de renda quem ganhar até R$ 1.787,77 por mês. O imposto sobre progressivamente em três faixas de 7,5%, 15%, 22,5% e 27,5%. A tabela para surrupiar os salários é a seguinte:
Até R$ 1.787,77
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isento
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De R$ 1.787,78 a R$ 2.679,29
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7,5%
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De R$ 2.679,30 a R$ 3.572,43
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15%
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De R$ 3.572,44 a R$ 4.463,81
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22,5%
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Acima de R$ 4.463,81
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27,5%
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Segundo levantamento do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal a defasagem entre a tabela do Imposto de Renda Pessoa Física e a inflação deve fechar o ano em 60%. Várias pessoas que eram isentas passam a pagar IR por causa da tabela baixa. O reajuste abaixo da inflação corrói não apenas os ganhos reais conquistados pelos trabalhadores nos acordos coletivos, mas assalta até mesmo a correção que os salários tiveram exclusivamente pelo índice de inflação. Enquanto a correção da tabela é 4,5%, a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, este ano, deve ficar em 5,73%.
O movimento sindical e a unidade de todas centrais como a sociedade inteira deve se mobilizar para exigir a correção real e honesta da tabela do imposto de renda, pois este instrumento joga por terra a política de acabar com a miséria, haja vista que os índices são muito pesados para níveis de salários já muito baixos. Um trabalhador que ganhar 2,5 salários mínimos (R$ 1.810,00) já sofre 7,5% de desconto, caindo para R$ 1.683,72, ou seja, menos R$ 126,28. |