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Mineração

.: CSN anuncia que manterá investimentos em mineração

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Apesar de anunciar um corte de 41% nos investimentos para 2015 na comparação com o ano passado, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) manterá os aportes em mineração. O segmento deverá receber inversões de aproximadamente R$ 710 milhões no período, aumento de 1,5% em relação ao exercício anterior, quando totalizou R$ 699 milhões. O grupo divulgou ontem um prejuízo líqüido de R$ 112,267 milhões em 2014, contra um lucro de R$ 533,994 milhões em 2013.

Os aportes em mineração da companhia são feitos no projeto de expansão da mina Casa de Pedra, em Congonhas (Campo das Vertentes). A empresa pretende alcançar uma capacidade instalada de 40 milhões de toneladas anuais. O complexo está processo de fusão com a Nacional Minérios S/A (Namisa), também controlada pela CSN. Os dois ativos formarão uma nova empresa do setor de mineração.

O segmento responderá pela maior parte dos investimentos previstos pela CSN em 2015. De acordo com o diretor de Relações com Investidores da companhia, David Salama, os aportes deverão somar R$ 1,3 bilhão, ante R$ 2,2 bilhões no ano passado. "Â uma importante redução e um ajuste ao atual cenário econômico", informa.

Do total a ser investido, R$ 327 milhões serão destinados para o segmento de siderurgia do conglomerado. Já o negócio de cimentos da CSN terá aportes de R$ 200 milhões e outros investimentos agregados totalizarão R$ 97 milhões em 2015.
Preços - Apesar de manter os aportes, o segmento de mineração é afetado pela queda significativa nos preços internacionais de minério de ferro. De acordo com o balanço divulgado ontem, a receita com as vendas caiu 22,4% em 2014 na comparação com o ano anterior, passando de R$ 5,297 bilhões para R$ 4,109 bilhões.

Por outro lado, em volume foi registrado um incremento de 13% nas vendas do insumo siderúrgico. No ano passado, a companhia comercializou 28,878 milhões de toneladas, ante 25,667 milhões de toneladas no exercício anterior. Com isto, o Ebitda Ajustado - lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização, caiu 45,4% na mesma base de comparação. O resultado atingiu R$ 1,429 bilhão em 2014, contra R$ 2,618 bilhões no ano anterior.

Em relação à rentabilidade das operações de minério de ferro em um momento de retração nos preços do insumo siderúrgico, o executivo do grupo afirma que Casa de Pedra está nos mesmos patamares de grandes players do setor em relação aos custos de produção.

A companhia informou que mesmo que o preço da commodity caia abaixo dos US$ 50 a tonelada, as exportações do produto pela empresa continuarão satisfatórias. Além disso, com o declínio de preços, a CSN está conseguindo tomar mercado interno de mineradoras de Serra Azul, no Quadrilátero Ferrífero, cujas operações agora estão pouco competitivas.

A companhia anunciou nesta semana um aumento de 85% em suas reservas certificadas na mina Casa de Pedra, passando de 1,631 bilhão de toneladas para 3,021 bilhões de toneladas. A sondagem foi realizada entre 2012 e 2014. (Diário do Comércio)

 

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