A crise de empregos tende a explodir, principalmente em Minas Gerais. Esta previsão trágica está sendo divulgada pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), que estima demissões de cerca de 1 milhão de pessoas.
Esta federação patronal atribui a explosão do desemprego em Minas pela paralisação da atividade de mineração no Estado, que afeta diretamente o setor produtivo, indústrias como a siderurgia, produção de produtos da linha branca (geladeiras, fogões), fabricação de automóveis, além do impacto sobre a arrecadação tributárias do Estado e municípios, que ficam sem condições de manter as folhas de pagamentos de seus quadros de pessoal.
Em vídeo distribuído nas redes sociais, o presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, lembra a responsabilidade de todos para garantir acesa a economia no Estado. Pontua a necessidade de manter as atividades mineradoras, preservando condições de segurança, impedindo que o impacto da paralisação prossiga de forma devastadora sobre demais atividades econômicas.
Segundo os estudos da Fiemg, com o quadro atual considera queda de produção de minério de 90 milhões, anunciada pela Vale, a queda de produção dos demais setores é de 14%. “A estimativa é de queda de R$ 92,6 bilhões no faturamento de toda a cadeia produtiva vinculada à atividade minerária. A arrecadação direta do estado diminuiria em R$ 4,3 bilhões.” O estudo também indica fechamento, de seis a oito meses, de 851,2 mil postos de trabalho. Diz ainda que, “num cenário pessimista, esse número poderia chegar a 1,48 milhão”.