A produção industrial do Espírito Santo e de Minas Gerais recuou 9,7% e 4,7%, respectivamente, em fevereiro, na comparação com janeiro. Foram as maiores quedas identificadas pela Pesquisa Industrial Regional, divulgada hoje pelo IBGE.
Segundo o analista da pesquisa, Bernardo Almeida, o resultado nos dois estados foi pressionado, principalmente, pela redução na produção de minério de ferro, após o rompimento da barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), ocorrido em 25 de janeiro.
O acidente provocou recuos na produção tanto em Minas Gerais quanto no Espírito Santo, que, pela proximidade, também foi afetado. A queda foi mais intensa na indústria capixaba, porque houve também diminuição na produção de derivados de petróleo e gás, além do fato de a indústria do estado ser menos diversificada que a mineira, comenta.
Dos 15 locais pesquisados, houve altas em nove e quedas em seis estados, o que levou a indústria do país a crescer 0,7% em fevereiro. A indústria paulista, que representa cerca de 34% da produção nacional, cresceu 2,6% em fevereiro em relação a janeiro, a maior expansão desde junho de 2018, quando havia registrado 13,7%.
O resultado foi impulsionado principalmente pelo aumento na produção automobilística, o que fez a indústria paulista voltar a um maior patamar, observado em agosto do ano passado, explicou o pesquisador.
Além de São Paulo, também cresceram em janeiro, frente a fevereiro, Bahia, 6,5%, Região Nordeste, 6,2% e Pernambuco, 5,9%, Mato Grosso, 1,7%, Amazonas, 1,5%, Paraná, 1,1%, Ceará, 1,1% e Santa Catarina, 0,5%, enquanto Goiás, -2,6%, Rio de Janeiro, -2,1%, Rio Grande do Sul, -1,4% e Pará, -0,1%, completaram o conjunto de locais com queda.
(Agência IBGE)